domingo, 23 de agosto de 2009

No dia de meus anos

Vinha eu de Lisboa, quando me deparo na estação de serviço da auto-estada com um cão que triste olhava para a direita e para a esquerda, esperando os seus donos.
Os funcionários discutiam se o teriam ali abandonado ou não. Deixaram-no só com um um prato com água e depois de pagarem a gasolina arrancaram sem o fiel amigo. Fiquei estarrecida e muito perturbada. O olhar perdido do animal sem perceber o que se estava a passar doeu-me fundo na alma.
Telefonei, a um amigo que ama os animais que me aconselhou a telefonar para o serviço Atlântico de auto estradas ou polícia. O primeiro disse que não podia ser feito nada a não ser que o cãozinho saísse para o meio da via. Mas o bichinho quis continuar a acreditar que o iriam buscar,
E tinha razão.Passado um tempo, surgem de novo os seus donos que o agarraram e o fizeram retornar ao lar.
Durante este processo chorei, recordando aqueles cães que não arrancam da campa de seus donos sem ter a noção que estes jamais regressarao, mas sempre fiéis
Tal como este cão protagonista desta história. Foi no dia dos meus anos e o dia em certa altura pareceu-me que se iria estragar. Felizmente há cãezinhos com donos despistados, é certo, mas que os amam. :)

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